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Fortaleza

Escrito pelos Prof. Paulo Amorim Cardoso e José Francelino de Oliveira.

Não é possível determinar com exatidão o primeiro esperantista no Estado do Ceará. Conta-se que Manoel Cândido de Sena, que residia no povoado de São José, às margens do rio Acaraú, já falava Esperanto nos albores do século 20.

Joel Linhares, em 1908, viu em Canindé frei Silvério lendo muito atentamente um livro em Esperanto.

Difícil determinar o primeiro esperantista do Ceará, mas falar sobre o início do movimento é fácil.

Moacir Caminha, pode receber a honra de ser o iniciador do movimento em Fortaleza. Nascido em Icó, tornou-se um grande estudioso do Esperanto, porque, recebendo influência dos esperantistas franceses, em publicações diversas, anotava tudo o que lia e terminou por criar um curso de Esperanto a 3 de novembro de 1911, na “Escola Moderna do Ceará“, da qual ele era diretor. Esse curso teve o nome de “Terra e Liberdade” e funcionou na rua Senador Pompeu, 241.

No dia 1º de dezembro do mesmo ano, Moacir Caminha criou um novo curso de Esperanto que funcionou na rua Barão do Rio Branco, 232 com as seguintes alunas: Ceci Abreu, Maria de Lourdes Abreu, Maria do Carmo Abreu, Maira Luiza Abreu, Maria Antonieta de Abreu, Frutuosa Araújo, Maria Anésia Ferreira, Maria José Ferreira, Rosa Ferreira, Ofélia Abreu Gomes e Lélia Lustosa Vasconcelos. O “Jornal do Ceará”, de Valdemiro Cavalcante, anunciou o acontecimento no dia 6 de dezembro.

Moacir participou ativamente no Esperanto-Klubo Cearense e na sua reorganização em 3 de agosto de 1917, lá estava ele com Eurico Pinto, Josias de Moura, Joaquim Bessa Pereira, Manoel Mendes Queiroz, Francisco Assis do Rego Falcão, Francisco Paula Medeiros e Raimundo Guedes da Mota, nomes tutelares que o esperantismo local reverencia.

Moacir Caminha era conhecido como o Hipócrates do esperantismo da província. Prova-o a consideração em que era tido por todos os coidealistas que o elegeram sócio do “Nova Samideanaro” em 30 de abril de 1919. Não distinguia facções religiosas, políticas e filosóficas; mesmo sem ser católico foi ele quem propôs o Arcebispo Metropolitano, D. Manoel da Silva Gomes, para sócio do “Nova Samideanaro”.

No dia 29 de janeiro de 1922 ele deu à publicidade de “Brazila Vivo”, segunda revista em Esperanto publicada no Brasil e a primeira no Nordeste (Francisco Falcão). No dia 30 de julho de 1923 publicou nova revista totalmente em Esperanto, denominada “Nova Mondo”. Moacir Caminha mudou-se para o Rio de Janeiro onde continuou a trabalhar em favor do Esperanto.

A semente de Moacir vingou. Chegou a Fortaleza em 1912, vindo da Bahia, Demócrito Rocha, que, sendo outro idealista, abraçou a bandeira do Esperanto. Já em 1913, junto com Eurico Pinto, o primeiro clube de Esperanto no Ceará.

No dia 3 de agosto de 1917, para reorganizar o Esperanto-Klubo Cearense, reuniram-se Eurico Pinto, Moacir Cunha, Josias de Moura, Joaquim Bessa Pereira, Manoel Mendes de Queiroz, Francisco Assis do Rêgo Falcão, Francisco Paulo Medeiros, Moacir Caminha e Raimundo Guedes da Mota. O Esperanto-Klubo Cearense era uma sociedade “sui-generis”, não tinha presidente e ninguém era obrigado a pagar mensalidade. A diretoria era composta de um secretário e um tesoureiro; o presidente era aclamado a cada sessão, pelos presentes. O clube funcionava na rua Major Facundo, 256, embora tenha mantido vários cursos, teve vida efêmera.

Joaquim Bessa Ferreira foi convidado por Eurico Pinto para renovar o Esperanto-Klubo Cearense, no dia 14 de abril de 1919, mas notando a fragilidade do Klubo resolveu fundar uma nova sociedade para a qual queria dar o nome “Ĉiam Antaŭen” (Sempre à Frente), mas o nome aceito pela maioria foi “Nova Samideanaro”. No dia 30 de abril, do mesmo ano, Moacir Caminha foi aceito no novo clube. Para ingressar o candidato colocava a mão sobre uma grande estrela verde e pronunciava o seguinte juramento: “Que eu pare de viver, se eu não trabalhar de coração para progresso do Nova Samideanaro, para a divulgação do Esperanto e para a grandeza da humanidade”. Certamente foi por causa desse juramento que o Nova Samideanaro cresceu e viveu muito, pois em 1921, no dia 6 de março, por proposta de Antônio Freire Jucá, foram criadas as classes de “honoraj membroj” e “membroj reprezentantoj”. Foram eleitos sócios honorários: Júlio de Matos Ibiapina, Nuno Baena, Couto Fernandes, Francisco de Menezes Pimentel, Cândido Jucá, Justiniano Serpa, João Tomé de Sabóia e Silva, Hermínio Barroso, Barão de Studart, D. Manoel da Silva Gomes, Ildefonso Albano, Elcias Lopes, Giovanni Leoni, Alba Valdez e José Acioli. Quatro sócios representantes foram eleitos: Ana Weyne, em Afonso Pena, hoje Acopiára; Cora Castro, em iráu, hoje Piquet Carneiro; Stela de Castro, em Floriano; e Manoel Feitosa, em Crato.

Francisco Falcão dirigiu os destinos da sociedade durante dois anos e já perto do final do seu último mandato ainda criava cursos de Esperanto, como o que criou na “Phoenix Caixeral”, em 3 de abril de 1922; curso criado pelo esclarecimento junto a José Joaquim de Oliveira Paiva e Carlos Pinho, diretores do órgão de classe dos comerciários. Nesse ano funcionaram vários cursos: na residência de Amélia de Castro e na de Moacir Caminha, na rua General Sampaio, 330; em Crato, o padre Feitosa ministrava curso na Escola de Comércio; e em Iguatu, Izabel Linhares divulgava a Língua Internacional, como podia.

A vida literária se tornava cada vez mais intensa. Joel Linhares, vice-presidente eleito em 1922, escreveu o soneto “Al Nova Vivo” publicado na “Brazila Vivo”, de 22 de janeiro do mesmo ano. Foi o primeiro soneto escrito em Esperanto no Ceará.

Felizmente as palavras de Francisco Falcão ao apresentar o relatório de sua gestão à frente do Nova Samideanaro, em 7 de maio de 1922, foram proféticas, pois sempre reinou paz e harmonia no movimento esperantista local:

Regu paco kaj konkordo (Reine a paz e a concórdia)
Kaj regadu harmonio! (E reine a harmonia!)
For malamo! For malordo! (Fora ódio! Fora desordem!)
For malfido! For envio! (Fora descrença! Fora inveja!)

O Nova Samideanaro em 1930 se filiou à Liga Brasileira de Esperanto.

O Cariry Esperantista Asocio, foi fundado no Crato, no dia 24 de março de 1921, por iniciativa vitoriosa do padre Manoel Feitosa, que contou com a colaboração decidida de Antônio Freire Jucá, então secretário do Nova Samideanaro. Filiaram-se à novel associação: Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, então bispo do Crato, bem como diversos sacerdotes e comerciantes.

Katolika Esperantistina Klubo – fundado em 1938 por Demócrito Rocha, associação que só terminou depois de sua morte. A primeira presidente do KEK foi Maria Stael Porto, que tendo entrado para um convento foi substituída por sua irmã Zeneide Porto. Fizeram parte da KEK: as Sras. Guiomar Aquino, Lúcia Rocha Dummar, Neuza Nepomuceno, Angélica Campos e outras.

O Grupo Esperantista Limoeiro do Norte foi criado em 1º de setembro de 1940 por Dr. Deoclécio Lima Verde. Embora de estatura pequena, Deoclécio era um Hércules no idealismo.

O Verda Stelo Esperanta Grupo, criado pelo tenente do Exército João Gurgel de Moura, em Baturité, foi inaugurado oficialmente às dezenove horas do dia 15 de dezembro de 1940, na Praça da Matriz, 68. Foi uma das melhores festas que se poderia fazer em homenagem do autor da Língua Internacional. Faziam parte de sua diretoria:

Presidente, João Gurgel de Moura; Vice-presidente, José Francelino de Oliveira; e Tesoureiro, Luiz Erick de Menezes.

Muitos outros participaram desse grupo: Audísio Lopes de Sousa, Osvaldo Pires de Holanda, Álcimo Cavalcante de Aguiar e outros.

Em 15 de março de 1945 funda-se em Fortaleza a Associação Esperantista Cearense, com sede na rua Major Facundo, 490. A sessão de inauguração foi solene e todos evocaram a memória de Demócrito Rocha, largamente reverenciado naquele dia. O primeiro presidente da Associação Esperantista Cearense foi o samideano Fernando Bezerra Fernandes. Logo a associação filiou-se à Liga. Embora criada com muito entusiasmo, sua vida foi efêmera, mesmo assim foram realizados vários cursos de Esperanto naquele tempo.

Em 1949 chega a Fortaleza José Lins de Albuquerque, vindo de Belo Horizonte. Fervoroso esperantista, trata de fundar o Esperanto-Klubo, que funcionava na rua General Sampaio, 1.227, residência de Antônio Eugênio Cavalcante, e iniciou vários cursos de Esperanto. O número de sócios aumentou rapidamente. Havia palestras, diversões, piqueniques e excursões. José Lins de Albuquerque e José Eduardo Ribeiro Pamplona, os mais entusiastas, iniciaram a 26 de março de 1950 um programa de divulgação do Esperanto, através das emissoras PRE-9, programa irradiado aos domingos, das 14:00 às 14:15 horas. Uma das irradiações foi ouvida por Secundino Ferreira Passos, que começou a estudar o Esperanto aos 65 anos de idade. Secundino, vendo no Esperanto um meio de irmanar os homens, havia, mais ou menos em 1946, fundado uma “Caixa de Propaganda de Esperanto”, na Federação Espírita Brasileira, para a qual doara cinqüenta mil cruzeiros. Imediatamente Secundino escreveu para José Lins, que o convidou a visitar o curso. Estava lançada a semente que resultou na criação do Ceará Esperanto-Klubo, com sede na rua Floriano Peixoto. Secundino era o esteio econômico do Klubo. O Ceará Esperanto-Klubo possuía três categorias de sócios:

  • Benemérito, o que contribuía de uma só vez com mil cruzeiros;
  • Efetivo, o que pagava mensalidade de dez cruzeiros;
  • Contribuinte, o que pagava mensalidade de dois cruzeiros.

Foram sócios beneméritos: Secundino Ferreira Passos, Agostinho Soares, Valdemar Larim e Guiomar de Aquino.

Em menos de um ano o Ceará Esperanto-Klubo possuía quase uma centena de sócios efetivos e mais de uma centena de sócios contribuintes.

Escola Zamenhof. A 14 de abril de 1954, aproveitando a data para render um preito de homenagem à memória de Zamenhof, Paulo Amorim Cardoso, um dos elementos mais dinâmicos do Ceará Esperanto-Klubo, funda um curso de Esperanto por correspondência, que recebe o nome do criador do Esperanto. Os diplomas eram conferidos pela Liga Brasileira de Esperanto. Mais tarde, em janeiro de 1955, Paulo Amorim Cardoso adquire o Instituto Tiradentes e instala nele a Escola Zamenhof. Com a saída de Secundino e de José Lins o Ceará Esperanto-Klubo perde forças, instala-se no Ginásio Rui Barbosa e finalmente no Instituto Tiradentes, em fevereiro de 1955. Já então o Ceará Esperanto-Klubo se confundia com Paulo Amorim Cardoso que, em maio de 1955, inaugura o “Salono Zamenhof” em seu estabelecimento de ensino. A 15 de dezembro de 1955 publicou o seu “Unua Libro de Esperanto” adaptado ao primeiro ano do curso primário. Outro elemento incansável no Ceará Esperanto-Klubo era Guiomar de Aquino, que manteve um curso de Esperanto no vespertino “Correio do Ceará”, de 11 de maio de 1955 a 28 de agosto de 1956. O Ceará Esperanto-Klubo alimentava-se das vitórias de seus mais dedicados membros quando a realização da 6ª Convenção Nordestina de Esperanto lhe trouxe alimento espiritual para sobreviver.

Esperanto-Klubo Demócrito Rocha. No dia 15 de dezembro de 1955 fundou-se em Messejana, no Ginásio Presidente Vargas, o clube cujo diretor, Ernesto Matos Gurgel do Amaral, amigo do Esperanto, inaugurou também uma sala com a inscrição em grandes letras: “SALONO DEMÓCRITO ROCHA – Esperanto, lingvo de la homaro” (SALÃO DEMÓCRITO ROCHA – Esperanto, língua da humanidade).

O Esperanto-Klubo Demócrito Rocha era mantido financeiramente por Lúcia Dummar e as aulas eram ministradas pelo professor José Dutra Mendes, que era um dos grandes entusiastas do Esperanto no Ceará. As aulas começaram no dia 15 de fevereiro de 1956.

A preocupação básica era a divulgação do Esperanto, mas Joaquim Bessa Pereira advertiu essa orientação, pois deveríamos começar a usar o idioma internacional. O Nova Samideanaro já era uma sociedade literária. Francisco Falcão publica “Letero el Brazilujo” (Carta do Brasil), primeiro trabalho em prosa publicado originalmente em Esperanto. Demócrito Rocha pronuncia o primeiro discurso no idioma de Zamenhof. Joel Linhares publica “Al Nova Vivo” (À Uma Nova Vida), primeiro soneto originalmente escrito em Esperanto. Paulo Medeiros costumava traduzir para o Esperanto toda anedota chistosa que se lhe deparava, e sempre tinha uma delas para contar nas reuniões do Nova Samideanaro, cujas atas eram todas escritas em Esperanto, como, aliás, as do Esperanto-Klubo Cearense. Francisco Falcão, Antônio Freire Jucá e Joaquim Bessa Pereira amiúde apresentavam trabalhos originais em Esperanto, ou traduções de autores nacionais e estrangeiros. O primeiro jornal foi “Brazila Vivo”, cujo número inaugural apareceu em 29 de janeiro de 1922. Quinzenário editado por Moacir Caminha, seu proprietário, tinha ótima apresentação, escrito com correção, na sua totalidade em Esperanto, contava com um ótimo corpo redatorial integrado por Moacir Caminha, Antônio Freire Jucá e Joel Linhares. Brazila Vivo foi o primeiro jornal em Esperanto publicado no Nordeste e o segundo no Brasil. Nova Mondo surgiu no dia 30 de julho de 1923. Os redatores eram os mesmos do Brazila Vivo e mais Eurico Pinto e Demócrito Rocha. Joel Linhares foi o primeiro a escrever versos em Esperanto, no Brazila Vivo, de 22 de fevereiro de 1922, publicou o soneto “Al Nova Vivo” sob o pseudônimo de “Mildanimulo” (Homem de Alma Dócil).

Joel Linhares dedicou-se também à traduções. Mendes de Alencar havia escrito em latim um soneto com o nome de “Vidula”, traduzido por Silvio Romero com o título de “A Viola”, Joel verteu para o Esperanto com o nome de “La Violo” (A Violeta).

Demócrito Rocha, Júlio Maciel e José Lins de Albuquerque, também produziram belas poesias.

6ª Convenção Nordestina de Esperanto. Guiomar de Aquino, Paulo Amorim Cardoso e José Dutra Mendes mantinham o movimento esperantista em Fortaleza. Guiomar pontificava na Imprensa, José Dutra ensinando no Esperanto-Klubo Demócrito Rocha e Paulo Amorim ministrava cursos no Instituto Tiradentes, na Associação Cearense de Imprensa e outros lugares. Arlindo Castor de Lima apelou para Paulo Amorim Cardoso, pois queriam organizar a 6ª Convenção de Esperanto em Fortaleza, mas Paulo Amorim descartou a possibilidade, o que foi lamentado por Arlindo em artigo no “O Poti”, de 4 de dezembro de 1955. Foi Deoclécio Lima Verde quem tomou a iniciativa de procurar Álcimo Cavalcante de Aguiar para tratar do assunto e o convidou para um encontro com Paulo Amorim Cardoso. Paulo Amorim aceitou trabalhar, desde que a responsabilidade da organização ficasse com outro. Álcimo assume a presidência da comissão organizadora. Em poucos dias estava organizada a Comissão Local da 6ª Convenção, que ficou assim constituída:

Paulo Sarasate Ferreira Lopes, Governador do Estado, Presidente; Dom Antônio de Almeida Lustosa, Arcebispo Metropolitano; Acrísio Moreira da Rocha, Prefeito de Fortaleza; Alberto Ribeiro Salaberry, General Comandante da 10ª Região; Humberto Fontenele da Silveira, Professor da Faculdade de Direito; Odilon Aguiar Filho, Secretário do Interior e Justiça; Dom Aureliano Matos, Bispo de Limoeiro do Norte; Alfredo Brasil Montenegro, Secretário da Fazenda; José Nascimento, Secretário da Administração; Mariano Martins, Secretário de Educação e Saúde; Edílson Távora, Secretário da Agricultura; Murilo Borges, Secretário de Polícia e Segurança Pública; Faustino de Albuquerque, Desembargador; Manuelito Eduardo Campos, Diretor dos Diários e Rádios Associados.

A Comissão Organizadora ficou assim constituída:

Álcimo Cavalcante de Aguiar, Presidente; João de Deus Cavalcante, 1º Vice-presidente; José Dutra Mendes, 2º Vice-presidente; Júlio Maciel, 3º Vice-presidente; Paulo Amorim Cardoso, Secretário Geral; Gilson Nascimento, 1º Secretário; Eurico Pinto, 2º Secretário; Guiomar Aquino, Tesoureira.

Conselheiros: Fausto Albuquerque, Celso Reis, José Arlindo Gondim, Antônio Borges, Honor Tôrres, José Lins de Albuquerque, Maria Sales Albuquerque, José Anastácio Filho, Antônio Filgueiras Lima, Fernando Leite, Ari de Sá Cavalcante, Antônio de Andrade Furtado e Miranda Leão.

A Comissão Organizadora entrou em contato com os esperantistas do Nordeste por meio de suas associações representativas, resultando daí o número elevado de adesões individuais e cinco de associações que atingiu a quase uma centena. Guiomar de Aquino conseguiu do Governo do Estado um auxílio de vinte mil cruzeiros. Estava garantida o êxito da Convenção.

Na inauguração, além do Governador do Estado, compõem a mesa Paulo Amorim Cardoso, representando o presidente da Liga Brasileira de Esperanto, Dr. Carlos Domingues; Júlio Maciel, representante da Academia Cearense de Letras; Pe. Antônio Borges, representante da Escola Apostólica de Baturité; Pe. Francisco Barros Leal, representante da Faculdade Católica de Filosofia do Recife; Artur Veloso, presidente da delegação de Pernambuco; Arlindo Castor de Lima, representante do Rio Grande do Norte; Dr. Deoclécio Lima Verde, representante do Grupo Esperantista de Limoeiro do Norte; José Francelino de Oliveira, representante do “Verda Stelo Esperanta Grupo”.

Paulo Gondim executa número de piano. Falaram na sessão solene de abertura: Fausto Albuquerque, o Pe. Barros Leal e Gilson Nascimento. Encerrando a sessão, Paulo Sarasate acentuou o sentido de fraternidade que preside o movimento esperantista, fato que levou Demócrito Rocha, a quem estava ligado por laços de família, a ser um dos mais ardorosos esperantistas do Ceará.

No dia seis, pela manhã, os convencionais fizeram uma romaria ao cemitério São João Batista, colocando coroas de flores nos túmulos de Demócrito Ro cha e Neusa Nepomuceno. Em seguida foram recebidos pelo Governador do Estado. À tarde, visita ao prefeito, e à noite primeira reunião de trabalho. Depois de variado programa, com o canto do hino “La Espero”, cantado por todos, terminou a 6ª Convenção.

O 87º Congresso Universal de Esperanto em Fortaleza. A história do movimento esperantista no Ceará estaria incompleta caso não fosse registrado o 87º Congresso Universal de Esperanto realizado em Fortaleza de 3 a 10 de agosto de 2002.

Com a vinda de Osmo Buller, Diretor Geral da Associação Universal de Esperanto,em 1999, juntamente com o então Presidente da Liga Brasileira de Esperanto, Osvaldo Pires de Holanda e o casal Symilde Schenk Ledon e Gilbert René Ledon e, em face das condições apresentadas pela cidade, Tasso Jereissati, Governador do Ceará, disponibilizou a Secretária de Turismo do Estado, Dra. Anya Ribeiro.

Embora outra cidade européia disputasse também a realização do congresso, diante da boa impressão demonstrada pelo diretor da UEA, os cearenses convenceram-se de que eles conseguiriam realizar o sonhado congresso e imediatamente começaram a trabalhar sob o entusiasta comando do Dr. Wandemberg Ribeiro Morais, o qual organizou o seguinte Comitê Provisório:

Presidente, Dr. Wandemberg Ribeiro Morais; Vice-presidente, Prof. Paulo Amorim Cardoso; Secretário, Engº. Michelson Sávio Herbster Moura; Tesoureiro, Francisco de Assis Caetano; Protocolo, Antônio José da Silva; Excursões, Maria Emilia Buarque de Lima; Juventude, José Marcos de Castro Martins e Iraneide de Oliveira Lopes; Arte, Tarcisio Meireles de Lima e Carlos Meireles Cardoso; Congresso Infantil, Olívia Carvalho de Melo e Elisângela Alves da Silva; Informações Internacionais, Adelson Alves Sobrinho, Raimundo Ferreira de Araújo, Rômulo da Costa Nântua e Francisco Barbosa Filho; Programas Científicos, César Barros Leal; Alojamento, Cláudio Lacerda Moura Brasil.

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