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Salvador

Escrito pelo Dr. José Siquara da Rocha.

Datam de 7 de novembro de 1910 as primeiras notícias do Esperanto na Bahia, em Salvador, com a formação do primeiro grupo esperantista do Estado o “Esperanta Grupo da Bahia”, tendo à frente o coronel Deraldo Dias, secundado por Afonso Costa, Sinésio Gotschalk, Gildásio de Oliveira, Francisco da Conceição Menezes, Carlos Amoroso, Jaime Martins de Souza, Magnus Sondhall, AbelardoRodrigues, José Carlos Farias e alguns outros. Essa foi a primeira organização esperantista do Estado e esse acontecimento foi registrado no “Brazila Esperantisto”.

Em 1911 o baiano Agenor Miranda, chefe do 9º Distrito Telegráfico, foi designado pelo governo brasileiro para representar oficialmente o Brasil no 7º Congresso Universal de esperanto em Antuérpia.

Em março de 1912 o Dr. Magnus Sondhall fundou em Salvador mais um núcleo de estudos do Esperanto, que tomou a denominação de “Ortologa Universitato-Rondo”, sendo eleito presidente e organizado cursos.

Em excursão ao interior do Estado, fundou na cidade de Castro Alves um grupo de estudos da Língua Internacional.

1913 – na cidade de Nazaré, Anísio Melhor, diretor do Colégio Clemente Caldas e diretor do jornal “Conservador”, faz uma série de artigos divulgando o Esperanto e, em Alagoinhas, o Prof. Carlos Cunha dá início ao movimento esperantista.

No 6º Congresso de Geografia, realizado em Salvador, o Dr. José Boiteaux, Secretário Geral da Sociedade Geográfica, apresentou um projeto em favor do Esperanto, o qual foi aprovado por unanimidade.

1922 – a 12 de outubro, Arsênio Moreira da Silva, com um grupo de funcionários públicos, funda o “Esperanta Societo de Bahia”.

1923 – a “Liga Fraternista Universal” e o “Centro Baha’ulha” adotam a língua Esperanto.

De 19 a 24 de abril desse mesmo ano a Bahia é representada pelo Dr. Heitor Beltrão no 7º Congresso rasileiro de Esperanto, realizado no Distrito Federal.

Doutorando-se em Medicina, Arsênio Moreira viaja para Jequié, ficando o “Esperanta Societo da Bahia” a cargo de Francisco Portela, Luiz Rogério e Soares Rosado.

1924 – a 2 de janeiro é fundada a Associação Brasileira de Intercâmbio, tendo à frente Max Machado, Francisco Borges Portela, Luiz Rogério, Firmino Viana e outros.

Em outubro aparece a revista “Bahia Esperantista” sob a direção de Luiz Rogério.

1932 – aparece o nome de Jaddo Couto Maciel congregando esperantistas do norte do país e editando etiquetas em Esperanto. Por muitos anos, até 1993 quando morreu, foi grande batalhador do movimento esperantista. Durante algum tempo as reuniões do Grupo Esperantista eram realizadas em sua residência, na Rua do Bangala, depois Luiz Gama.

1933 – é fundado por Jaddo Couto Maciel o núcleo pacifista “Vínculo Internacional da Amizade” e o seu órgão oficial o “Elo Fraternal”, composto por ele durante muito tempo.

1934 – de março a dezembro a imprensa de Salvador muito se ocupa a respeito da Língua Internacional e o jornal “Estado da Bahia” publica um curso de Esperanto, de Ismael Gomes Braga.

1936 – 12 de outubro – com sede na Rua Bangala (Luiz Gama), 18, foi fundado o Grupo Esperantista da Bahia (Esperanta Grupo da Bahia), assim constituída a sua primeira diretoria:

Presidentes de Honra, Alberto Couto Fernandes e Luiz Porto Carreiro; Patronos, Drs. Canna Brasil, Arsênio Moreira e Carlos de Souza Cunha; Presidente, Arquiteto Carlos Sepúlveda; Vice-presidente, Dr. Adhemar Senna; 1º Secretário, Engº. Cristóvão d’Oliveira Araújo; 2º Secretário, Dr. José Nivaldo Allioni; Diretor de Correspondência, Bacharéu Luiz Soares Rosado; Diretor de Revista e Propaganda, Engº. Jaddo Couto Maciel; Tesoureiro, Arnon Rodrigues Sandes.

Na ata constam 16 assinaturas. Em 30 de outubro foi organizado o Estatuto.

Por iniciativa de Jaddo Maciel, o prefeito de Salvador, Americano da Costa, mandou colocar na antiga Rua do Sossego, no Bairro da Graça, nova placa com o nome “Rua Esperanto”.

1937 – a “Rádio Sociedade da Bahia” irradia um programa esperantista e o jornal “Diário de Notícias”, duas vezes por semana, publica artigos e informações sobre o Esperanto.

A 22 de maio o Grupo Esperantista da Bahia homenageia a classe odontológica com uma festa.

1938 – em 16 de março foi eleita e empossada nova diretoria do Grupo Esperantista, ficando assim constituída:

Presidente, Adhemar Senna; Vice-presidente, Cristóvão Araújo; 1º Secretário, José Nivaldo Allioni; 2º Secretário, Ernestina Souza da Silva; Tesoureiro, Hermes de Deus Pitta; Bibliotecário, Luiz Soares Rosado; Diretor de Propaganda e Revista, Jaddo Couto Maciel.

Em sessão de 20 de abril já constam em ata entendimentos com o Secretário de Educação da Prefeitura e Prefeito da Capital, para inclusão do estudo do Esperanto nas escolas. Em 2 de maio, criação do Instituto Esperantista sob a direção de Ernestina Luiza da Silva, com objetivos de alfabetizar e divulgar a Língua Internacional.

A 30 de agosto foi fundada a Bi lioteca Esperantista que recebeu o nome “Biblioteca Ismael Gomes Braga”.

1940 – 24 de março – fundado em Alagoinhas o “Esperanto Klubo de Alagoinhas”. Em Salvador foi realizado um curso de Esperanto na Associação dos Empregados no Comércio, pelo Prof. Hermes de Deus Pitta.

A diretoria eleita para 38 e 39 continuou nos anos 40, 41 e 42 em face da 2ª Guerra Mundial. Nesse período o “Esperantista Bahiano” teve suspensa a sua publicação. Foi uma longa fase de estagnação como consta em ata de 29 de setembro de 1943. Nessa mesma ata consta o seguinte: “cumpre observar, o Esperanto em nosso Estado encontra-se injustificavelmente no rol dos idiomas proibidos pela comissão de censura postal e telegráfica” (sic). O estado de guerra dificultou a realização de sessões; não mais foram recebidos jornais, revistas e outras publicações. Muitos sócios se afastaram. Mesmo assim teve início a Biblioteca por intermédio e orientação de Ismael Gomes Braga.

Entre as despesas do Grupo, conta-se o auxílio à família Zamenhof, por intermédio da Liga Brasileira de Esperanto.

Com a colaboração do I.B.G.E., foi publicado em Esperanto o álbum do Departamento de divulgação e Estatística de Salvador – “Urbo Salvador”.

1943 – 29 de setembro foi eleita nova diretoria que ficou assim constituída:

Presidente, Antônio Loureiro de Souza; Vice-presidente, José Nivaldo Allioni; Secretário, Hermes Pitta; Tesoureiro, Ernesto Alvarez; Bibliotecário, Luiz Soares Rosado; Diretor de Revista e Propaganda, Jaddo Couto Maciel.

1944 – Em sessão de 18 de maio foi aprovada reforma no estatuto do Grupo Esperantista da Bahia e logo regularizada a sua situação jurídica e publicado extrato no Diário Oficial do Estado.

1945 – comparecendo ao 10º Congresso Brasileiro de Esperanto, na capital da República, em abril, alcançou o Grupo Esperantista da Bahia o segundo lugar pelo elevado número de adesões conseguido, apresentando 12 Sociedades e muitas adesões individuais.

Nessa ocasião, em Salvador, o Grupo Esperantista fez uma exposição de livros, revistas, jornais, etc, na Livraria Científica, na Rua Chile.

Em setembro voltou a circular o “Esperantista Bahiano”.

Em 12 de outubro foi eleita a nova diretoria para o período 46/47, ficando assim constituída:

Presidente, Dr. Orlando Borges Bahia; Vice-presidente, Juiz Artur Simas Saraiva; Secretário, Hermes Pitta; Tesoureiro, Ernesto Alvarez; Bibliotecário, Luiz Soares Rosado; Diretor de Revista e Propaganda, Jaddo C. Maciel.

1946 até 1951 – período sem informações, sem registros. Não se realizaram sessões. Falta de entusiasmo e desinteresse de associados e até membros da diretoria, segundo consta na ata de 21 de abril de 1952.

1952 – 21 de abril – muda a sede do Grupo Esperantista, da Rua Bangala, 18 para a Associação Bahiana de Agronomia, no Edifício Coqueiro, sala 23 – 3º andar, na Praça Tomé de Souza. “Sessão presidida por Pedro de Lima Brenneisen, de Santa Catarina, residindo em Salvador, em homenagem aos seus méritos como esperantista, embora não filiado ao Grupo”.

“O sócio Edgar Estrela falou da necessidade de renovação da diretoria, a qual já de há muito superou o tempo de atuação prevista no estatuto”.

“O presidente lembrou marcar reunião para eleição de nova diretoria, convidando-se os da diretoria ausentes para evitar ressentimentos”.

27 de abril – sessão para continua ção de estudos pata reestruturação do Grupo. Edgar Estrela presidiu, por indicação do Ademar Senna. Foi marcada a data de 4 de maio para eleição de nova diretoria e lembrado o nome de Brenneisen para Presidente, Estrela para Vice, Hermes Pitta para Secretário, Ivan Andrade para Tesoureiro, Ademar Senna para Bibliotecário e Jaddo Maciel para Diretor de Propaganda e Revista.

4 de maio – em Assembléia Geral foi eleita a nova diretoria como ficou dito acima. O Presidente, Brenneisen sugere modificação do Estatuto e transformação do Grupo em Associação, com o sentido de intensificar a propaganda no Estado, operando como entidade federativa e orientando a criação de novos grupos.

Ainda nesse mês de maio, Elísio da Rocha Dórea, funcionário do Banco do Brasil, fundou um Grupo Esperantista, em Cachoeira, ficando assim constituída a diretoria:

Presidente, Guaracy de Carvalho Lima; Vice-presidente, D. Maria de Carvalho Lima; 1º Secretário, Gildete Maciel Souza; 2º Secretário, Felix Brito; 1º Tesoureiro, Janete Dórea; 2º Tesoureiro, Valter Oliveira; Diretor de Divulgação e Propaganda, Elísio da Rocha Dórea.

Em setembro Jaddo Maciel inaugurou exposição de livros e revistas esperantistas na parte externa do prédio onde funciona a Livraria Excelsior, defronte do Plano Inclinado Gonçalves.

Manoel Borges dos Santos ministra curso de Esperanto na Faculdade de Filosofia, sob os auspícios do Diretório Acadêmico da mesma faculdade.

12 de outubro – sessão comemorativa do 16º Aniversário do Grupo E.B. e da aula inaugural do curso de Esperanto promovido pelo mesmo. Falou o padre Barros Leal, professor de Esperanto no Colégio Antônio Vieira, o qual representou a Bahia no 13º Congresso Brasileiro de Esperanto em Recife.

18 de dezembro – em sessão realizada no Rotary Clube de Santo Amaro, Gustavo Viana fez palestra sobre “Zamenhof e sua luta”.

1953 – em maio foi lembrada a reforma do Estatuto e nomeada comissão a pedido de Edgar Estrela.

Em agosto o Grupo passa a se reunir na sede da sociedade de engenheiros Civis da Bahia, no prédio da Associação dos Empregados do Comércio da Bahia onde passou a ter a sua sede, obtido pelo Dr. Jaddo Maciel, sem ônus para o Grupo. O tesoureiro foi substituído por Álvaro Claudiano Carvalhal. A revista Sesinho, destinada à infância, publica curso de Esperanto. Pedro Brenneisen inicia curso para os radioamadores.

1954 – 1º de julho – abertos cursos gratuitos na rua Juliano Moreira, 1 – Associação dos Empregados do Comércio, sendo professores Onias Almeida, Vivaldina Magalhães Caymmi e Hermes Pitta, com 37 alunos.

Mudança de nome do Grupo Esperantista da Bahia para Associação Bahiana de Esperanto.

No 14º Congresso Brasileiro de Esperanto em Curitiba, PR, o presidente Brenneisen apresenta tese sugerindo que a Liga Brasileira de Esperanto e as Associações e Grupos de Esperanto fizessem contato com a LABRE nas Capitais, para realização de cursos nas respectivas sedes. Foi aprovada.

Professores no ano de 1954 – Onias Almeida, Vivaldina M. Caymmi, Hermes de Deus Pitta, Odete Rogério de Andrade e Maria José Tinaut.

Nesse ano de 1954 foi fundado na cidade de Ilhéus o Grupo Esperantista de Ilhéus por Eléus Leonardo de Sá, tendo sua sede na rua General Câmara, 102 – 1º andar. Na década de 70 Eléus conseguiu com os vereadores dar o nome Esperanto a uma das ruas da cidade e ainda nessa década o Grupo conseguiu com Clériston Andrade, prefeito de Salvador, recurso para adquirir o busto do Dr. Lázaro Luiz Zamenhof, que foi colocado na entrada da Secretaria da Educação, de frente para a atual praça Misael Tavares.

1955 – 14 de março – a Associação Bahiana de Esperanto muda para a Av. Sete de Setembro, ladeira de São Bento, onde funcionava a Escola Mariana Pereira da Silva Viana. A professora Vivaldina de Magalhães Caymmi, diretora da escola e membro da ABE, pediu e obteve espaço na escola para funcionamento da ABE, sendo Governador do Estado, Dr. Regis Pacheco; Secretário de Educação Dorival Passos; e Superintendente do Ensino o esperantista Francisco da Conceição Menezes. O Ofício nº 72, de 9/3/55 autorizou o funcionamento das aulas de Esperanto, à noite, na escola Mariana Viana. Nesse ano ensinaram 7 professores e foram matriculados 57 alunos.

Professores no ano de 1955 – Onias Almeida, Vivaldina M. Caymmi, Hermes de Deus Pitta, Edgar Estrela, Leopoldo Knoedt, Odete Rogério de Andrade, Maria José Jorge Tinaut.

1956 – 31 de março – eleita nova diretoria para 56/57:

Presidente, Onias Almeida; Vice-presidente, Jaddo Couto Maciel; 1º Secretário, Hermes Pitta; 2º Secretário, Ivo Vivas de Oliveira; 1º Tesoureiro, Álvaro Claudiano Carvalhal; 2º Tesoureiro, Maria José Jorge Tinaut; Bibliotecário, José Siquara da Rocha; Departamento Social e Artístico, Vivaldina Caymmi; Departamento de Cultura e Propaganda, Arlindo Costa Reis; Departamento Infanto Juvenil, Antônio Carlos Garboggini; Departamento Feminino, Enaura Batinga de Mendonça.

Onias Almeida ministrou um curso de férias, com matrícula de 38 alunos.

No ano houve um total de 15 professores, com um total de 370 matrículas. Professores do ano Onias Almeida, Luiz Sampaio, Leopoldo Knoedt, Ivar Albuquerque Schill, Edgar Estrela, José Siquara da Rocha, Hermes Pitta, Godofredo de Araújo Góes, Antônio Carlos Garboggini, Arlindo Reis, Dorcas Chagas, Jurandyr Cohen, Enaura Batinga de Mendonça, Odete Rogério de Andradee Maria José Jorge Tinaut.

1957 – ao final do 15º Congresso Brasileiro de Esperanto realizado em Niterói, entre 14 e 21 de julho, em sessão solene de encerramento, no Teatro Municipal, foi a delegação da ABE, que cumpriu brilhante atuação, surpreendida com a escolha da cidade de Salvador para sediar o 16º Congresso, no ano de 1959, por ocasião da festa centenária do nascimento de L.L. Zamenhof.

Durante o ano houve um total de 186 matrículas para 6 professores.

Professores do ano Onias Almeida, Godofredo de Araújo Góes, José Siquara da Rocha, Mariana Cerqueira Lima, Leopoldo H. Knoedt, Wilson Nascimento Carvalho.

1958 – 31 de março – eleição e posse de nova diretoria para 58/59.

Presidente, José Siquara da Rocha; Vice-presidente, Lauro Sampaio; 1º Secretário, Leopoldo Knoedt; 2º Secretário, Godofredo de Araújo Góes; 1º Tesoureiro, Manoel Cavada Duran; 2º Tesoureiro, Oscar da Silveira; Diretora de Cursos, Vivaldina Caymmi; Departamento de Cultura e Propaganda, Edmilson Moura; Departamento Social e Artístico, Angelina da Cunha Dias; Departamento Feminino, Vilma de Lima Cunha; Departamento Infanto Juvenil, José Carlos Rezende Barbedo.

7 de abril – aula inaugural dos cursos de Esperanto, presidida pelo presidente da ABE, ministrando a primeira aula o Prof. Godofredo de Araújo Góes. Em 7 de julho – solene inauguração do Curso Municipal de Esperanto, em São Paulo, pelo prefeito Ademar Pereira de Barros, tendo a ABE recebido convite.

Curso de Esperanto na Rádio Cultura da Bahia, no programa “Só para Mulheres”, dirigido pelo Prof. Onias Almeida e apresentado pelo Dr. Siquara.

Depois de entendimento de Siquara com Antônio Pithon Pinto, diretor do Instituto Isaias Alves (Instituto Normal da Bahia), foram aí instalados cursos de Esperanto pela primeira vez na Bahia, como matéria facultativa em estabelecimentos de ensino médio, dirigidos por Godofredo de Araújo Góes e Onias Almeida. Duração dois meses. Começaram com 35 alunos.

Curso de conversação a cargo de Leopoldo Knoedt.

Dois cursos pelo rádio, a cargo de Onias Almeida (Rádio Cultura e Rádio Sociedade da Bahia).

Cursos nas escolas “Presciliano Leal”, “4 de Dezembro”, “Adventista”, “Israelita” e “Alberto Muylaert”, pelo Prof. Wilson Carvalho.

Palestra de Edmilson Moura no Centro de Estudos e Pesquisas, sobre o tema “Esperanto, Língua Internacional”. Conferência sobre o mesmo tema, do Dr. Siquara, na sede da SUPPE.

Conferência de Antônio Loureiro de Souza na Associação dos Empregados do Comércio da Bahia, sobre o Esperanto, no dia consagrado aos “Direitos do Homem”.

Foi realizada reforma no Estatuto, com introdução do Conselho Fiscal.

27 de novembro – ofício ao deputado estadual Valdir Pires, solicitando sua interferência para ser obtida pela ABE a posse do prédio de sua sede e a criação da Escola Estadual de Esperanto, em cumprimento da promessa do governador ao ex-presidente Onias Almeida.

13 de dezembro – a ABE é reconhecida de utilidade pública estadual, pela Lei nº 1059.

Durante o exercício de 1958 houve um total de 615 matrículas, para 13 professores.

Onias Almeida dirigiu um curso de férias com matrícula de 47 alunos.

Professores do ano – Onias Almeida, Edmilson Santana Moura, Wilma Campos, Gilce Ferreira da Silva, Fernando Cerqueira, Leopoldo Knoedt, Godofredo Góes, José Siquara da Rocha, Angelita da Cunha Dias, Mariana Cerqueira Lima, Ulisses Balbino Floquet, João Carlos Rezende Barbedo e Alberto Maldonado Via.

1959 – Escolhida a Bahia para sediar o 16º Congresso Brasileiro de Esperanto, foi um ano de grande atividade da ABE para realizar o mesmo. Em votação unânime foi escolhida a Profª. Vivaldina Caymmi para presidente da Comissão Organizadora, tomando parte dessa comissão vários dedicados companheiros e pessoas simpatizantes do movimento esperantista convidadas pelo presidente.

14 de outubro – o jornal “A Tarde” publica longa reportagem com o Dr. Siquara, sob o título “A Bahia hospedará esperantistas de todo o Brasil”.

A direção do congresso que se estendeu de 17 a 25 de outubro, ficou assim constituída:

Alto Patrono, Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira;

Homenagem Especial, General Juracy Montenegro Magalhães, Governador do Estado;

Presidente de Honra, Prof. Edgar Rego dos Santos, Magnífico Reitor da Universidade Federal da Bahia;

Presidente do Congresso, Jerônimo de Albuquerque; Presidente da Comissão Organizadora, Vivaldina de Magalhães Caymmi; Presidente da ABE, José Siquara da Rocha; Orador Oficial, Pedro Calmon, Magnífico Reitor da UFRJ.

Compareceram 51 delegados de 13 Estados.

Sessão solene de instalação no salão nobre da Reitoria da UFBA. Sessões de trabalho na Associação dos Funcionários Públicos.

Durante o congresso foi levado à cena “Máscaras”, de Menoti del Picchia, em Esperanto, no teatro Oceania, em tradução de Geral Mattos. Atuaram os atores amadores esperantistas Geraldo del Rey, Arlequim; Passos Neto, Pierrot; Osánea, Colombina. A direção foi de Walter Ruy, o cenário e guarda roupa de Calombrero; maquilagem de Miguel D. L. Santos; gestos e atitudes de Irene; programa e iluminação de Nagy Fekete; música de Nicolau Kokron; e execução de guarda-roupa de Lilita Perez.

Foi lançado o livro “Elektitaj Poemoj”, de Castro Alves, tradução esperantista de Leopoldo Knoedt, depois membro da Academia de Esperanto. A edição foi patrocinada pela UFBA e seu Magnífico Reitor, Edgar Santos.

Além da “Hora de Arte” no teatro Oceania, a parte social do congresso contou com missa na Capela de Santa Teresa, oficiada em Esperanto pelo padre Francisco Pinheiro Lima e Madrigal da Universidade da Bahia; visita ao Museu de Arte Sacra; visita aos campos petrolíferos do Recôncavo e à Refinaria Landulfo Alves; excursão a Itapoan e Lagoa do Abaeté com apresentação de espetáculo folclórico; visita aos locais históricos e pitorescos de Salvador; e despedida oferecida aos congressistas pela ABE, com a colaboração da Diretoria Municipal de Turismo e Martini-Rossi S.A. , no Belvedere da Sé.

A sessão solene de encerramento foi no salão nobre da Reitoria da UFBA, com “Ouverture” da Orquestra Sinfônica da Universidade.

Os Correios e Telégrafos emitiram carimbo especial em comemoração ao 16º Congresso, o qual teve também o seu hino oficial, de autoria da professora Mariana A. C. Lima, com tradução de Leopoldo Knoedt (Bahia-Mãe, Alecrim Dourado, Bahia Mais Que Isso).

Abrilhantou o congresso o orfeão do Ginásio Taylor Egídio de Jabaquara, do interior da Bahia, sob a regência da professora Stela Dubois, e constituído por alunas daquele estabelecimento de ensino. Foram cantados números em português e Esperanto, com tradução de Leopoldo Knoedt.

Marcou época o 16º Congresso Brasileiro de Esperanto, tendo Carlos Domingues, presidente da Liga Brasileira de Esperanto, em carta ao presidente da ABE, dito ter sido o melhor e mais bem organizado congresso a que assistira até então.

Nesse ano os vários cursos na sede atingiram um total de 525 alunos, com 11 professores. Foram realizados cursos especiais para a Polícia Feminina e para a Guarda Civil, numa preparação para o congresso.

Cursos pela Rádio Sociedade da Bahia ministrado pelo Dr. Onias Almeida, nos meses de abril e outubro.

15 de dezembro – Conferência do Dr. Siquara da Rocha na Associação dos Empregados no Comércio da Bahia, em comemoração ao 1º centenário de nascimento de Zamenhof.

24 de dezembro – Festa de conclusão dos cursos e entrega de certificados a 46 alunos, dirigindo a solenidade o presidente Siquara.

Professores do ano – Onias Almeida, Leopoldo Knoedt, Godofredo Góes, Wilson Carvalho Nascimento, Edmilson Santana Moura, Ulisses Floquet, Suzete Ferreira Fonseca, Antônio Carlos Garboggini, Rubem Dias, Etienne e Gusmélia Santos.

1960 – 9 de maio – Eleição de nova diretoria para 1960 – 1961, a qual ficou assim constituída:

Presidente, José Siquara da Rocha; Vice-presidente, Vivaldina M. Caymmi; 1º Secretário, Hermes Pitta; 2º Secretário, Godofredo de Araújo Góes; 1º Tesoureiro, Álvaro C. Carvalhal; 2º Tesoureiro, Edmilson Moura; Bibliotecário, Rubem Dias.

Conselho Fiscal: Jaddo C. Maciel, Alexandre Guedes, Orígenes Calmon Du Pin e Almeida.

Departamento de Divulgação, Leopoldo Knoedt; Departamento Social e Artístico, Nair da Costa e Silva; Departamento Feminino, Leda Matos; Departamento Juvenil, Antônio Carlos Garboggini.

20 de julho – Publicação de “A Tarde” sobre o lançamento do livro “Elektitaj Poemoj”, de Castro Alves, tradução de Leopoldo Knoedt, com prefácio de Pedro Calmon.

9 de setembro – Festa de posse da nova diretoria, com coquetel oferecido pela empresa “Irmãos Pombo Ltda.”.

Total de matrículas nos cursos do ano – 351, atuando 9 professores.

Hermes Pitta dirigiu um “Daŭriga Kurso”.

Professores do ano – Wilson Nascimento, Rubem Dias, Godofredo Góes, Leopoldo Knoedt, Onias Almeida, Antônio Carlos Garboggini, José Siquara, Délio Souza, Edmilson Moura.

1961 – Início dos cursos com 195 alunos e 9 professores. Délio Souza começou curso no Sindicato dos Bancários.

Em maio, Délio Souza ministrou curso intensivo para os professores que participariam do congresso.

Professores do ano – Onias Almeida, Godofredo Góes, Délio Souza, Wilson Nascimento, Maria José Cancio, Marlene Cancio, Edmilson Moura, Manoel Souza, Antônio Carlos Garboggini.

1962 – A matrícula do ano começou com 52 alunos.

No dia 14 de abril, aniversário da morte do Mestre Zamenhof, Jaddo Couto Maciel realizou palestra sobre o assunto.

1964 – 13 de março – Eleição de nova diretoria:

Presidente, Arlindo Costa Reis; Vice-presidente, Edmilson Moura Santana; 1º Secretário, Hermes de Deus Pitta; 2º Secretário, Godofredo de Araújo Góes; 1º Tesoureiro, Álvaro Claudiano Carvalhal; 2º Tesoureiro, Alcides Guimarães; Bibliotecário, Ereni Pereira.

Conselho Fiscal: Jaddo Couto Maciel, José Siquara da Rocha e Leopoldo Knoedt.

Departamento de Cursos, Mariana Amélia de Cerqueira Lima; Departamento de Relações Públicas, Carlos Batista de Oliveira; Departamento Social e Artístico, Onias Almeida; Departamento Feminino, Romenilza Oliveira.

1965 – Edmilson Moura no exercício da presidência em virtude do presidente, Arlindo Reis, ter viajado para Portugal, com bolsa de estudo.

Em outubro, Godofredo de Araújo Góes, 2º Secretário, representou a ABE no 19º Congresso Brasileiro de Esperanto, no Estado da Guanabara, o qual foi dirigido pelo General Geraldo Pádua, falando no encerramento Pedro Calmon, Reitor da Universidade do Brasil.

1966 – Presidente, Edmilson Moura até junho e Godofredo de Araújo óes de julho a dezembro.

Em reunião da Assembléia, em 11 de março, Leopoldo Knoedt foi aclamado sócio honorário da ABE, por proposta de Arlindo Reis.

15 de abril – Palestra do Onias Almeida na TV Itapoan.

Durante o segundo semestre Godofredo de Araújo Góes exerceu a presidência.

1967 – Godofredo de Araújo Góes, no exercício da presidência em face do impedimento de Edmilson Moura, que reassumiu em junho.

Nos meses de fevereiro e março houve pintura e pequenos reparos na escola, o que atrasou o início dos cursos de Esperanto.

Godofredo representou a ABE no 2º Seminário de Esperanto, na cidade de Santos Dumont, MG.

175 matrículas; 15 receberam certificado.

1968 – 5 de julho – Eleição de nova diretoria para 1968 – 1969:

Presidente, Godofredo de Araújo Góes; Vice-presidente, Vivaldina de Magalhães Caymmi; 1º Secretário, Hermes de Deus Pitta; 2º Secretário, Mariana Amélia de Cerqueira Lima; 1º Tesoureiro, Álvaro Claudiano Carvalhal; 2º Tesoureiro, Edson Guimarães Pedra; Bibliotecário, José Siquara da Rocha.

O Conselho Fiscal ficou constituído por Onias Almeida, Edmilson Moura e Leopoldo Knoedt.

Godofredo exerceu a presidência até setembro, Vivaldina no exercício da presidência até dezembro.

Em dezembro foram enviadas 80 circulares a esperantistas e amigos do Esperanto, solicitando auxílio moral e financeiro para que o movimento não sofresse solução de continuidade.

1969 – Godofredo e Vivaldina se alternaram na presidência.

1970 – Em 18 de março eleição de nova diretoria:

Presidente, José Siquara da Rocha; Vice-presidente, Edson Guimarães Pedra; 1º Secretário, Godofredo de Araújo Góes; 2ª Secretária, Maria da Conceição Cerqueira Leal; 1º Tesoureiro, Álvaro C. Carvalhal; 2ª Tesoureira, Suzete Maria Fonseca Dias; Bibliotecária, Floriana Passos de Oliveira.

Em edição de 18 de abril o “Jornal da Bahia” em seu caderno de sábado, publica reportagem “A paz sonhada através do Esperanto”, noticiando sessão em homenagem a memória de Zamenhof, no dia 14.

Em maio foi criado o Museu Esperantista.

Em 7 de outubro a ABE homenageia Nelson de Souza Oliveira, um dos pioneiros do Esperanto na Bahia, na ocasião da entrega dos diplomas aos alunos que concluíram o curso básico os quais foram saudados pelo Godofredo Góes. Falaram o Siquara, que fez um ligeiro histórico do Esperanto, e o homenageado.

Durante o ano o presidente realizou 29 palestras em vários estabelecimentos de ensino e instituições culturais.

Duas entrevistas na Rádio Excelsior e TV Itapoan, respectivamente pelo presidente e Onias Almeida.

Com a colaboração da Empresa Cinelux Propaganda foi projetado em 4 cinemas da cidade, um curta metragem sobre a Língua Internacional.

Aceita e aplaudida a sugestão do Jaddo C. Maciel, teve início a campanha para a colocação de um busto de Zamenhof em uma das praças da cidade, tendo uma comissão visitado o prefeito Clériston Andrade, o qual deu integral apoio à idéia, escolheu o Largo de São Bento, junto a sede da ABE, oferecendo auxílio financeiro.

1971 – Siquara realizou palestras sobre o Esperanto no Instituto Nossa Senhora Santana, no Instituto Aderbal de Oliveira, na Faculdade de Letras da Universidade Católica, na Mocidade Espírita Manoel Miranda, da União Espírita Bahiana, no Colégio Estadual Duque de Caxias, na Mocidade Adventista do Sétimo Dia. Deu entrevista no canal 4 – TV Aratú.

Foi conseguida uma coluna no jornal Tribuna da Bahia.

Teve início atividade da Juventude Esperantista, sob a direção do Henrique Knoedt.

Continuaram as providências para a aquisição do busto do mestre L.L. Zamenhof.

6 de novembro – Festa em homenagem ao centenário de nascimento de Alberto Couto Fernandes, um dos pioneiros do Esperanto no Brasil, sendo orador o Antônio Loureiro de Souza.

15 de dezembro – Inauguração do busto de Zamenhof no Largo de São Bento, com a presença da banda do Corpo de Bombeiros.

Após a retirada da bandeira verde e branco com uma estrela de cinco pontas, do Esperanto, que encobria o busto, pelo Sr. ÉlcioTrigueiro, Secretário de Urbanismo do Município, e Hélio Lima, Secretário Municipal da Educação, usou da palavra Manoel Borges dos Santos que leu uma mensagem do presidente da Liga Brasileira de Esperanto, congratulando-se com a Prefeitura, e outra do mesmo estilo enviada pelo “Lions Club” de Muritiba. Falaram em seguida Adroaldo Ribeiro Costa, representando o prefeito Clériston Andrade; e o presidente da ABE, José Siquara da Rocha; falou ainda o esperantista Pedro Ferreira de Brito.

Estiveram presentes: Dom Jerônimo de Sá Cavalcanti, do Mosteiro de São Bento; diretores da ABE; esperantistas; e grande número de pessoas.

16 de dezembro – Os jornais Tribuna da Bahia e A Tarde noticiaram a inauguração do busto.

Ainda em 1971 Siquara encaminhou ao Ministro da Educação, Ney Braga, memorial com projeto de criação de curso de Esperanto nas Faculdades de Filosofia para a formação de professores para o Ensino Médio, garantindo aos formandos mercado de trabalho. Não obteve resposta.

1972 – 1973 – Em março de 72 toda a diretoria da ABE foi em visita ao prefeito Clériston Andrade. Em palavras de saudação o Siquara, em nome da ABE, lhe fez entrega de um diploma de Sócio Benemérito, um exemplar de “La Sankta Biblio”, tradução de Zamenhof, e cópia autêntica da ata da sessão extraordinária da ABE realizada em 2 de dezembro de 1971, quando lhe foi outorgado aquele título de benemerência.

Foi reeleita toda a diretoria para o período 72/74, apenas mudando o 2º Tesoureiro que passou a ser o José Saraiva de Matos.

Foi realizada uma exposição na Biblioteca Pública do Estado, a qual foi acompanhada de 3 palestras, ali proferidas, pelos companheiros Henrique Knoedt, Eduardo Almeida e Ricardo Pereira.

Foram realizados dois cursos abertos ao público – “A Sociologia no Mundo Contemporâneo” e “Origem da Vida”, respectivamente por Ricardo Pereira e Isao Noguti.

1974 – 19 de abril – Diretoria eleita para 74/75:

Presidente, Isao Noguti; Vice-presidente, Edson Guimarães Pedra; 1º Secretário, Adelmar Carneiro Vilela; 2º Secretário, José Siquara da Rocha; 1º Tesoureiro, José Adson de Almeida; 2º Tesoureiro, Maximiano Alfaya Bugarin; Bibliotecário, Godofredo de Araújo Góes.

Ofício ao Conselho Nacional de Educação, sugerindo e pleiteando modi ficação da Resolução de nº 22, de 27 de fevereiro de 1969, para inclusão do Esperanto na área de comunicação.

1975 – Recepção aos esperantistas do Rio de Janeiro e São Paulo, que regressavam de Fortaleza – Ceará onde participaram do 9º Seminário, promovido pela Cooperativa Cultural dos Esperantistas, com sede no Rio de Janeiro.

José Saraiva de Matos foi indicado para a vice-presidência do Conselho Brasileiro de Esperanto.

1976 – 1977 – Reeleito o presidente Isao Noguti e para vice-presidente foi eleito José Siquara da Rocha.

Julho de 1976 – Caravana da ABE compareceu ao Seminário de Brasília, tendo a Vivaldina Caymmi lido mensagem da Bahia enviada pelo Dr. Siquara.

Fevereiro de 1977 – Siquara oficia ao Prof. Hélio Simões, Diretor do Instituto de Letras da UFBA, pedindo a introdução da Língua Internacional no currículo do Instituto.

Julho de 1977 – A ABE comparece em numerosa caravana ao Seminário em Santos, tendo a Profª. Vivaldina Caymmi, mais uma vez, lido mensagem de Siquara aos esperantistas ali reunidos.

Criada a Juventude Esperantista de Salvador.

1978 – 1979 – Nova diretoria para o período 78/79:

Presidente, Isao Noguti; Vice-presidente, José Siquara da Rocha; 1º Secretário, Geraldo Bensabath; 2º Secretário, Henrique Sólon Knoedt; 1º Tesoureiro, José Adson de Almeida; 2º Tesoureiro, Leila Santos Pereira; Bibliotecário, Godofredo de Araújo Góes.

28 de abril de 1978 – o jornal Tribuna da Bahia publicou reportagem, página inteira, sob o título: “Esperanto – solução nova para um problema antigo”, texto de Manoel Borges dos Santos.

A ABE compareceu ao 1º Congresso Latino-Americano de Esperanto, de 17 a 22 de julho, em Marília.

Em 5 de setembro de 1978, Godofredo de Araújo Góes, representando a ABE, fez palestra em Alagoinhas.

Em 27 de setembro de 1978 foi firmado convênio de colaboração da ABE com a Secretaria de Educação, sendo Governador do Estado Roberto Santos e Secretário Carlos Corrêa de Menezes Sant’Anna. A partir daí a ABE, que usava a sua sede na Escola Mariana Viana somente à noite, passou a usar o turno vespertino, ampliando o número dos cursos.

Em dezembro circulou o “Bahia Esperantisto” em formato 14cm x 21cm, com 8 folhas, tendo na capa o busto de Zamenhof, do Largo São Bento, e transcrevendo, entre outras matérias, o teor do convênio com a Secretaria da Educação e fazendo homenagem ao Carlos Corrêa de Menezes Sant’Anna, titular da Secretaria.

Ainda nesse ano de 1978 Helmar Frank, cientista alemão, especialista em Cibernética Pedagógica, da Universidade Paderbom, realizou conferência em Salvador, quando declarou que aprendeu Esperanto em apenas 24 horas de estudo e que qualquer pessoa ainda não conhecedora de outros idiomas, pode aprendê-lo, conforme experiências realizadas na Alemanha, em apenas 60 horas de estudo.

Em 1979 Siquara esteve no exercício da presidência.

Ofício ao Conselho da Liga Brasileira de Esperanto, informando que a ABE se absteria de quaisquer atividades para realizar conclaves sob qualquer designação nos anos próximos.

Aprovado regimento interno pelo Vice-presidente Siquara.

Em 1979 Manoel Borges do Santos realizou curso de Esperanto em Santo Estevão, interior do Estado.

1980 – 1981 – Presidente, Isao Noguti; Vice-presidente, Sérgio Luiz Souza Santos.

1980 – Criação, em 15 de outubro, do “Stud-Grupo Zamenhof” com a finalidade de divulgar e ensinar o Esperanto nos grupos e centros espíritas de Salvador e interior do Estado, funcionando como um departamento da Federação Espírita do Estado da Bahia. José Saraiva de Matos conseguiu da presidência a aprovação para o seu projeto e começou a ensinar na Federação Espírita, formando um grupo atuante que esteve em atividade até 1992, quando entregou o acervo do mesmo grupo à Associação Bahiana de Esperanto, porque os componentes foram se dispersando e não mais houve condições para continuar.

Durante seu longo período de atividades muito fez, participando de Seminários, Congressos e outros eventos, inclusive o 66º Congresso Universal de Esperanto realizado em Brasília, em 1981.

Atendendo a solicitação da UEA, durante muito tempo enviou material didático para países africanos.

Por intermédio do Grupo a “Zamenhof Editores”, de Goiânia, editou o livro “Mi Vizitis Grandan Urbon” (Visitei uma grande cidade), do escritor togolano, Gbeglo Koffi, o qual já editou mais 5 livros em Esperanto.

Interessante é que todas as atas do Grupo sempre escritas em Esperanto, sendo em cada reunião escolhido um companheiro para essa tarefa.

Mensalmente eram remetidos dois ou mais livros espíritas em Esperanto para o exterior, pelo que na estante de qualquer biblioteca de associações ou grupos de Esperanto das Américas, Europa, Ásia, África e Oceania, encontra-se um livro espírita em Esperanto.

1981 – 82 – 83 – Ao 66º Congresso Universal de Esperanto em Brasília, de 1981, compareceu numerosa delegação de esperantistas da ABE.

1982 – 22 a 25 de julho – A ABE compareceu ao 15º Seminário Brasileiro de Esperanto em Uberlândia, MG, promovido pela Cooperativa Cultural dos Esperantistas.

1983 – 21 a 24 de julho – 16º Seminário Brasileiro de Esperanto em Ouro Preto, MG, a ABE esteve presente.

Foram ministrados cursos de Esperanto no Instituto Kardecista da Bahia pelo Dr. José Siquara da Rocha.

1983 – 5 de julho – Foi fundada em Salvador a Sociedade Esperantista de Salvador (SES), a qual exerceu papel importante no movimento da Bahia, enquanto grupo local, num momento difícil de nossa história. Instituiu cursos básicos, fez divulgação externa e interna através de realizações de encontros regionais. Promoveu encontros de Esperanto em Muritiba, Cruz das Almas, Itabuna, Candeias, Serrinha e Salvador, sendo ponto alto 0 26º Congresso Brasileiro de Esperanto em 1990. A SES organizou uma exposição de livros e editou o boletim “Salvador Informas”. Com doações de abnegados esperantistas, formou uma pequena biblioteca com um acervo de, aproximadamente, 150 títulos.

Foram seus fundadores – Marcelo Figueiredo Rocha, José Saraiva de Matos, Ronilson Menezes Mota, Yvete Menezes Queiroz, Leopoldo Knoedt, Iracema Brandão Knoedt, Manoel Borges dos Santos e outros.

Depois do Congresso a sociedade entrou em recesso.

Foram seus presidentes: Marcelo Figueiredo Rocha, Yvete Menezes Queiroz, Ronilson Menezes e novamente Yvete Menezes Queiroz.

1987 – Em março, o jornal “Encontro”, de Cambuquira, MG, publica entrevista, realizada em janeiro, com o José Siquara da Rocha, com o título “Uma proposta de união entre os povos”.

*Compareceram ao 72º Congresso Universal de Esperanto,o congresso do centenário da língua, em Varsóvia(Warszawa), no verão do hemisfério norte, alguns esperantistas da Bahia, entre eles, Eléus Leonardo de Sá, Ronilson Mota, Otaviano Curvelo de Souza ( im memoriam ) e Hilmar Ilton Santana Ferreira.

1988 – Em maio, Siquara fez palestras na escola Bom Jesus dos Milagres; fez acerto para palestras na escola La Salle e no Colégio Anchieta; teve entendimento pessoal com a deputada Amabília Almeida, sobre o prédio de São Bento e projeto de lei para transferi-lo para a ABE; e entendimento com o presidente da Câmara Municipal sobre a reforma da praça de São Bento.

Em junho, fez palestras nos colégios Anchieta e La Salle, num total de 6, abrangendo 270 alunos.

Em agosto, visitas à FAEC e TMS para entendimento sobre a reforma da Praça São Bento e recuperação do busto de Zamenhof e pedestal.

1989 – Palestras nos colégios Tomaz de Aquino, Anchieta, Maristas e 2 de Julho.

1990 – Entrevista de Siquara ao jornal “Tribuna da Bahia”. 5 de maio – Grande perda para a ABE e o movimento esperantista na Bahia – Sepultamento da Vivaldina de Magalhães Caymmi. Falou no ato o Pres. Siquara.

1991 – 109 matrículas.

1992 – Palestras no Ginásio Ipiranga, pelo Dr. Siquara.

Nesse ano Siquara foi presidente, vice, secretário, tesoureiro, diretor de cursos e professor em 4 turmas diferentes.

1993 – 14 palestras no Colégio Antônio Vieira, no Instituto de Letras da UFBA, na Escola Técnica Federal e Colégio Salesiano.

11 de dezembro – Festa de encerramento dos cursos.

1994 – Em entendimento com a secretaria de Educação, Siquara conseguiu 60 carteiras novas e 32 cadeiras, 2 mesas secretárias e máquina de escrever, além de um bebedouro e material de escritório e limpeza.

10 palestras de Siquara no Instituto de Letras da UCSAL e Liceu Salesiano.

Em novembro a Prefeitura Municipal iniciou reforma da Praça de São Bento e a repartição encarregada das obras resolveu retirar o busto de Zamenhof no dia 10, sexta-feira, o que causou grande celeuma, com protestos do Siquara e dos alunos dos cursos da ABE, destacando-se Paulo Rodrigues, que apelaram em praça pública para os jornais e emissoras de TV. O busto ficou encostado no meio fio, fora da praça, e os esperantistas em vi gília cívica. Os jornais “Bahia Hoje”, “A Tarde”, “Tribuna da Bahia”, e “Correio da Bahia” publicaram reportagem nos dias 11, domingo, e 12, segunda-feira, enquanto a TV Bahia e TV Bandeirantes em seus noticiários trataram do assunto em defesa da ABE e da cultura na Bahia, porquanto já dissera o Siquara, em entrevista na praça, que a retirada do busto era um atentado à cultura. Finalmente a Prefeitura voltou atrás e o busto retornou seu lugar.

Dezembro – Festa de encerramento dos cursos, com manifestação junto ao busto de Zamenhof, na Praça de São Bento.

1995 – Janeiro e março, entendimento no Mosteiro de São Bento, Associação Dante Alighieri e Colégio São Bento.

Em fevereiro – Aquisição por empréstimo de Cícero Ribeiro de Araújo de um microcomputador para o serviço administrativo da ABE.

Em junho, renovação da diretoria da ABE, ficando Siquara na presidência e Cícero Ribeiro de Araújo na vice, e preenchidos os claros existentes com novos trabalhadores, ficando no departamento de divulgação, Paulo Rodrigues; departamento de cursos, Inácio Bezerra de Araújo; departamento feminino, Marilene Correa de Melo; social e artístico, Hildemar de Oliveira Souza e infanto juvenil, Júlio Nessin Brito.

Julho – Entrevista com o Secretário de Educação e refiliação da ABE à Liga Brasileira de Esperanto, durante o 31º Congresso Brasileiro de Esperanto em Juiz de Fora, MG, cessando um isolamento que já durava alguns anos. Nessa mesma oportunidade e com a presença de um representante da “Bahiatursa” apoiando a ABE, foi formalizado o desejo dos bahianos de sediar, em 1998, o 34º Congresso, o que foi aprovado, já que Ribeirão Preto faria o 32º e Recife o 33º em 1997.

Agosto – 6 palestras de Siquara no Colégio Anchieta e audiência com a Secretária de Educação da Prefeitura para tratar do Congresso de 98, da restauração do busto de L.L. Zamenhof, do Esperanto nas escolas, da Praça Zamenhof e solicitação de auxílio financeiro.

Setembro – 8 palestras de Siquara no Colégio Anchieta.

Outubro – 3 palestras de Siquara no Colégio Serravalle.

Novembro – Palestra de Siquara na Escola Técnica Federal e material de exposição no Colégio Anchieta e nova audiência com s Secretaria de Educação da Prefeitura.

1996 – 1997 – Nova eleição – Presidente, José Siquara da Rocha; Vice-presidente, Cícero Ribeiro de Araújo; Tesoureiro, Inácio Bezerra de Araújo.

Em abril de 97 Siquara adoece e o vice assume a presidência.

1998 – Siquara reassume. Começam os preparativos para o 34º Congresso Brasileiro de Esperanto, sendo escolhido o Josenilton Passos do Nascimento para presidente da comissão organizadora.

Abril – Josenilton Passos e Osvaldo Fonseca da Ponte marcaram presença no Encontro de Esperanto do Sudeste, no Rio de Janeiro.

23 de maio – Reforma do Estatuto da ABE, instituindo uma direção colegiada.

Junho – Distribuição de car tazes sobre o Congresso em vários pontos da cidade e instituições.

Julho – 19 a 24 – Realização do 34º Congresso Brasileiro de Esperanto, com a presença da presidente da Liga Brasileira de Esperanto, Symilde Schenk Ledon e eleição da nova diretoria da BEL, eleito presidente Osvaldo Pires de Holanda.

Na instalação do Congresso falaram Siquara e Manoel Borges dos Santos; realizou-se a primeira apresentação do coral; e coquetel de abertura.

1º de agosto – Eleição e posse da primeira diretoria colegiada para o triênio 1998/2001, ficando assim constituída:

Diretor Presidente, Cícero Ribeiro de Araújo; Diretor de Assuntos Especiais, Josenilton Passos do Nascimento; Diretor Administrativo, Salvador Magalhães Brandão; Diretor Financeiro, Inácio Bezerra de Araújo; Diretor de Patrimônio, Osvaldo Fonseca da Ponte; Diretora Social, Zuleide da Motta Santos Pereira; Diretor de Divulgação, Paulo Rodrigues de Oliveira; Diretor de Ensino, Carlos Henrique Souza Vilas Boas; Diretora de Artes, Ivã Maria de Santana Santos; Diretor de Informática, Alexandre Miguel Carneiro; Diretor de Esportes, Everaldo Jesus de Carvalho.

Conselho Ético: Genuíno Pereira de Castro, José Siquara da Rocha, Marcelo Figueiredo Correia da Rocha e Ronilson Menezes Mota – Suplente.

1999 – A ABE cumpriu intenso programa para divulgação do Esperanto, realizando seresta beneficente no Clube Fantoches, participou do Encontro de Esperanto do Nordeste, em João Pessoa, PB, organizou reportagem na TV Bandeirantes, sobre o caso do Esperanto na Bahia, deu entrevista na Rádio Cristal da Legião da Boa Vontade. Lançamento do CD “Bahia de Todos os Santos”, na Biblioteca Central. Esteve presente no 7º Encontro de Estudantes de Letras, da Universidade Católica de Salvador, com a participação de Leopoldo Knoedt, José Passini e Manoel Borges dos Santos. O Coral do Esperanto apresentou-se no auditório do Instituto Roerich e da Delegacia Regional do Trabalho. Festa natalina no colégio AGABE com apresentação do Coral.

Aos sábados, reunião da diretoria pela manhã, seguindo-se almoço preparado na cozinha da ABE. A renda do almoço se destinava à compra dos mantimentos e ajuda para impressão do primeiro CD do Coral.

Maio – Inácio B. de Araújo publicou a história de Tarzan, de Edgar Rice Borroughs, traduzida por ele para o Esperanto, a primeira publicada em Salvador.

Junho – Publicação do primeiro número do “Bahia Informilo”, maio/junho, pelo Inácio B. Araújo.

Agosto – Lançamento da revista Ben-Hur, traduzida para o Esperanto pelo Inácio Araújo.

Setembro – Genuíno Pereira de castro fez palestra na Associação “Amigos do Pacto Roerich”, sobre o tema “Esperanto Comunicação sem Fronteiras”.

Outubro – 15 – Interdição do prédio pela Secretaria de Administração, através da Prefeitura de Salvador.

Novembro – 6 – Mudança da sede administrativa da ABE para a residência da coidealista Elisia Martins, diretora administrativa que substituiu Salvador de Magalhães Brandão.

10 – Lançamento do CD “Bahia de Ĉiuj Sanktuloj Kantas”, na Biblioteca Central dos Barris.

24 – Entrega das chaves da sede à Secretaria de

Administração, onde ficou grande parte dos bens da Associação.

Visita e palestra do Eduardo Sereio, residente na Alemanha, sobre “O Esperanto na União Européia”.

Nota – Foi traumática para o movimento esperantista na Bahia a interdição do prédio sede da ABE, por um ato insólito, desrespeitoso, truculento e anticultural da Secretaria de Educação do Estado em combinação com a Secretaria de Segurança.

Em arquivo, correspondências e manifestos da ABE sobre o brutal acontecimento.

2000 – Março – Início do curso médio de Esperanto pelo Dr. Josenilton Passos do Nascimento, no “Lar Franco Belcaro”.

Abril – Josenilton representou a ABE em Brasília, na homenagem ao neto do Dr. L.L. Zamenhof, Louis Zaleski Zamenhof, em visita ao Brasil.

Maio – Cursos de Esperanto nos Centros Espíritas “Jesus Salvador” com participação de 18 alunos.

Junho – Encontro de Corais no Gabinete Português de Leitura, com apresentação do coral da ABE.

Julho – 24 – Sepultamento de Leopoldo Knoedt, tendo o Dr. José Siquara da Rocha orado à beiro do túmulo.

Agosto – Curso de Esperanto na Federação Espírita do Estado da Bahia.

Setembro – Apresentação do coral na Fundação Visconde de Cairu e em Feira de Santana.

Outubro – Entrevista na Rádio Cristal, com o tema “Os 64 anos da ABE”.

Dezembro – Visita a Salvador do esperantista português Manoel Luís Alves Pedrosa e do casal francês Gerard e Henrike.

17 – Confraternização de fim de ano e homenagem a Zamenhof, na residência de Liana Fernandes Dias.

19 – Comparecimento da ABE na passeata pela Paz, no Campo Grande, portando a bandeira do Esperanto.

2001 – Maio – 25 – Apresentação do coral na Fundação João Fernandes da Cunha, por ocasião da semana de festas aniversárias de seu fundador e presidente; e inauguração da nova sede.

Agosto – O Prof. Manoel Borges dos Santos ministra curso de Esperanto pela Internet.

Doação de um terreno, de 5.220 m² à ABE, em Jóia de Itacimirim, município de Camaçari, pelo Dr. José Siquara da Rocha, com destinação livre.

Agosto – 4 – Eleição da Diretoria Colegiada para o triênio 2001 a 2004, que ficou assim constituída:

Diretor Presidente, Vandilson da Silva Trindade; Diretora Administrativa, Elisia Martins de Oliveira; Diretora Financeira, Floriana Passos de Oliveira; Diretor de Patrimônio, Osvaldo Fonseca da Ponte; Diretor de Divulgação, Inácio Bezerra de Araújo; Diretor de ensino, Paulo Rodrigues de Oliveira; Diretora de Artes, Iva Maria de Santana Santos; Diretor de Esportes, Edson de Jesus Ribeiro; Diretora Social, Maria de Lourdes Pinheiro do Carmo; Diretor de Informática, Josenilton Passos do Nascimento; Diretor de Assuntos Especiais,José Siquara da Rocha.

Conselho Ético: Mércia dos Santos Knoedt, Ronilson Menezes Mota, Luiz de Castro Matos,e Cícero Ribeiro de Araújo (Suplente).

2002 – janeiro – 28 – Visita de um grupo da diretoria da ABE ao centenário professor Ademar Sena, que muito trabalhou pelo movimento esperantista na Bahia.

Março – Lançamento do livro do José Siquara da Rocha “Os Siquaras em três gerações”, e festa de seu aniversário, na Fundação João Fernandes da Cunha.

Julho – Congresso Universal em Fortaleza, com comparecimento de numerosa delegação.

2003 – Julho – Congresso Brasileiro de Esperanto, em Belo Horizonte, comparecendo alguns companheiros de Salvador, tendo sido o presidente da ABE, Vandilson Trindade, eleito presidente do Conselho Federativo da Liga Brasileira de Esperanto.


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