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Teresina

Escrito pelo Sr. João de Moura Fé.

Segundo relato de João de Moura Fé, o primeiro esperantista de Teresina foi Francisco César de Araújo, o qual aprendera Esperanto em 1939. Era poliglota, professor de Latim, Inglês e Francês no Liceu, naquele tempo o principal colégio de Teresina.

José Ribamar Freitas, então aluno do Liceu, ia à casa do professor Francisco César de Araújo para ouvir discos na Língua Internacional, discos vindos da Inglaterra, adquiridos pelo professor na Federação Espírita Brasileira.

Ouvindo os discos por meio de gramofone, o jovem José Ribamar de Freitas logo interessou-se pelo Esperanto e aprendeu-o autodidaticamente por intermédio do livro “Esperanto sem Mestre”, de Francisco Valdomiro Lorenz. Posteriormente lecionou Esperanto para diversos alunos.

José Ribamar Freitas foi professor de línguas portuguesa e francesa no Ginásio Leão XIII, Colégio Santo Coração de Jesus e em outras escolas de Teresina; professor de Direito Penal e Medicina Legal da Universidade Federal do Piauí; diretor do Centro de Ciências Humanas da mesma universidade; diretor da Secretaria Federal da Justiça; atualmente é conselheiro da Escola Superior de Advocacia e membro da Academia Piauiense de Letras Jurídicas.

Na década de quarenta estudaram a Língua Internacional: Raimundo Wall Ferraz, que foi prefeito de Teresina por três vezes, Humberto Machado Coelho e o professor Vitorino.

Só em 1958 foi fundado o primeiro grupo esperantista de Teresina: “Instituto Piauiense de Esperanto”, cujos diretores foram Antônio de Pádua Soares, Eugênio Doin Vieira e Raimundo José do Nascimento.

Antônio de Pádua Soares foi durante aproximadamente 20 anos membro da Associação Universal de Esperanto, Liga Brasileira de Esperanto, Sociedade Editora Espírita F.V. Lorenz e Cooperativa Cul tural dos Esperantistas; delegado e delegado especial da UEA sobre Espiritismo e Radioamadorismo; co-fundador e membro da Sociedade Lorenz. Participou do 18º Congresso Brasileiro de Esperanto em Fortaleza-1964 e no 66º Congresso Universal de Esperanto em Brasília-1981.

Com a dispersão dos membros, após 1963, o primeiro grupo esperantista de Teresina, embora oficialmente ainda exista, lamentavelmente está inativo.

Ainda em 1963, rua localizada no bairro Monte Castelo, da Capital, recebeu o nome de Rua Esperanto. O decreto foi do prefeito, Hugo Bastos, que aceitou pedido do vereador Carlos de Melo Lobo.

Mas um importante evento realizou o “Instituto Piauiense de Esperanto”: a 7ª. Convenção Nordestina de Esperanto, da qual participaram delegações do Ceará, Paraíba e outros estados da Região Nordeste.

Do Ceará o Sr. Paulo Amorim Cardoso trouxxe um coral que cantou o Hino Nacional; Hino do Estado do Piauí; La Espero (A Esperança — Hino do Esperanto) e o Hino da Convenção (Texto e Música de José de Ribamar Freitas); todos tocados pela Banda da Polícia Militar do Piauí.

Digno de nota é que a 7ª. Convenção Nordestina de Esperanto teve seu próprio hino, com texto e música do Prof. José de Ribamar Freitas.

Participou da abertura Sua Excelência Reverendíssima Dom Avelar Brandão Vilela, Arcebispo de Teresina, que celebrou missa gratulatória pelo importante evento.

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