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Belém

Escrito pelo Sr. Pekim Tenório Vaz.

“Conforme alguns escritos da Biblioteca do Clube Esperantista Zamenhof, o Sr. Carlos B. Souza é o verdadeiro pioneiro esperantista em Belém, onde ele passou a residir no ano de 1937 (anteriormente viveu possivelmente na cidade do Rio de Janeiro), todavia não conseguimos confirmar essa informação por meio de documentos mais fidedignos, além disso os esperantistas mais antigos que entrevistamos não nos esclareceram sobre os primeiros tempos da história do Esperanto em nossa cidade.

Não sabemos se ele era membro de alguma organização esperantista, mas segundo as informações ele aprendeu Esperanto por meio de publicações da Federação Espírita Brasileira, a ele enviadas pelo secretário daquela instituição, naquele tempo, sediada no Rio de Janeiro”.

Nuno Álvares Rodrigues Baena, conhecido pelo pseudônimo “O Esquecido”, nasceu no dia 25 de julho de 1865, no Estado do Pará. Diplomou-se em medicina na Universidade do Rio de Janeiro e profissionalmente atuou como cirurgião da Marinha. Co-fundador e primeiro vice-presidente do Clube Brasileiro de Esperanto, fundado em 1906, na sede do jornal “O Paiz” (do Rio de Janeiro). Em 1918 criou o segundo grupo esperantista da cidade de Florianópolis, denominado “Studejo” (Sala de Estudo). Escreveu prosa e poesia em Esperanto. É autor da obra “Ama Stelaro” (Constelação de Amor) que consite (a maioria escrita originalmente em Esperanto) em 2 peças teatrais, 5 contos e 12 poemas.

Em Belém estabeleceu e foi o primeiro presidente dos grupos de Esperanto “Norda Matena Stelo” (Estrela Matutina do Norte - em 1909) e “Energio” (Energia - em 1921). Morreu no dia 11 de novembro de 1922.

O primeiro esperantista que viveu no Brasil foi o Sr. Rudolfs Libeks, imigrante letão que chegou ao nosso país em 1890. Ele morou em cidades, vilas e colônias dos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Por seu trabalho junto à comunidade de imigrantes vindos da Letônia, freqüentemente precisava viajar para a cidade do Rio de Janeiro, onde subitamente faleceu no dia 14 de novembro de 1908.

Ele foi o pioneiro do Esperanto na Letônia: escreveu artigos, deu cursos e palestras e, em Riga, no ano de 1889, lançou, no idioma de seu país, o primeiro livro de aprendizagem da Língua Internacional. Considerando que Zamenhof publicou o primeiro manual de Esperanto em 1887, isso mostra quão cedo Libeks dedicou-se à nossa tão valorosa causa.

F. V. Lorenz foi o pioneiro do Esperanto na República Tcheca (país onde nasceu): no ano de 1890 publicou, na cidade de Pardubice, o primeiro livro didático do Esperanto no idioma tcheco. No final de 1893 aportou no Brasil, portanto três anos após Libeks. O trabalho de Lorenz, que escreveu muitos livros em ou sobre o Esperanto, teve um papel fundamental no crescimento do movimento esperantista brasileiro.

Para que conheçamos minuciosamente a história dos primeiros anos do Esperanto no Brasil, consideramos de suma importância a realização de uma pesquisa minuciosa e rigorosa que nos permita descobrir se Libeks participou, ou não, dessa etapa. Tendo em vista tudo que ele realizou na Letônia, é possível que tenha abandonado completamente o ideal esperantista após sua chegada ao Novo Mundo? É bastante improvável!

Eis as questões que merecem ser respondidas: Ele se inscreveu em algum grupo brasileiro de Esperanto? Ele ministrou cursos de Esperanto ou proferiu palestras em alguma cidade brasileira? Publicou artigos em português sobre o Esperanto, ou em Esperanto acerca de qualquer tema em alguma revista, jornal ou livro de nosso país? Três anos após chegou o segundo pioneiro.

Francisco Valdomiro Lorenz (em língua tcheca Frantisek Vladimir Lorenc) nasceu em 24 de dezembro de 1872, em Zbyslav próximo a Cáslav (República Tcheca) e faleceu em 1957 em Porto Alegre – RS. Dados referentes à vida desse ativista em cidades e vilas tchecas, são a seguir relacionados para que facilmente compreendamos os fatos e possamos comparar com aqueles ligados a Rudolfs Libeks:

  • nos anos 1888 – 1890, na pequena cidade Kolin, ele freqüentou a 5ª e a 6ª série, não terminou esta última e, ainda em 1890 transferiu-se para a capital Praga, onde começou a escrever artigos para o jornal “Omladina”, cujos textos pediam mudanças econômicas, políticas e sociais, que eram recusadas pela monarquia Austro-Húngara;
  • ele é o pioneiro do Esperanto em seu país; em 1890 editou em Pardubice o primeiro livro didático de Esperanto para tchecos;
  • em 1891 lecionou Esperanto em Praga;
  • em 28 de setembro de 1891 participou da reunião de jovens trabalhadores, em Kladno;
  • em dezembro de 1892 edita o jornal “Pokrok”, na cidade Mladá Boleslav;
  • em 18 de julho de 1893, por sua manifestação social-democrata exigindo direito de voto, foi preso e encarcerado;
  • libertado em 13 de setembro de 1893, fugiu para o Brasil.

O objetivo deste “capítulo” é provar que Lorenz não veio da Europa antes de 1890 (constatamos que até 1893 ele morava lá) e, todos que queiram ler a vasta biografia desse eminente poliglota, tradutor e escritor, sugiro a seguinte página na Internet:

http://eo.wikipedia.org/wiki/Francisko_Valdomiro_LORENZ


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