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Alto Paraíso

Escrito em esperanto pelo Sr. Giuseppe Gratapaglia e traduzido para o português pelo Dr. Osvaldo Pires de Holanda.

Em 1957, só três anos após a emancipação política da Vila Veadeiros (denominada posteriormente Alto Paraíso), chegou de jipe um grupo de seis idealistas procurando um lugar adequado para fundar uma Sociedade Educacional Esperantista. Tratava-se de: Arthur Velloso, Renato Diniz, Neusa Esteves de Araújo, Elisabeth Pointcaré, Inês Nunes de Andrade e Camélia Gomes da Silva, que receberam em Recife orientação espiritual sobre o objetivo daquele trabalho e sua localização no centro do País. Então, a nova capital Brasília, existia na visão de poucas pessoas.

Após a procura em várias cidades do Estado de Goiás, como Catalão, Niquelândia, Anápolis, Formosa e Goiânia, os fundadores da “Mansão Bona Espero” (primeiro nome da instituição) foram guiados a conhecer o ponto mais alto do planalto central brasileiro, latitude 14 ao sul do Equador. A família Szerwinski, oriunda da Polônia, possuidora de vasta região na Chapada dos Veadeiros, captou imediatamente a finalidade nobre do projeto esem hesitação doou um terreno com cerca de 500 hectares.

Nos anos seguintes a instituição adquiriu mais 500 hectares, mudou o nome para Fazenda-Escola Bona Espero, a qual aparece agora no mapa oficial do Estado de Goiás; e define seus objetivos estatutários:

  1. Ação social em forma de proteção, educação e ensino para crianças e adolescentes carentes;
  2. Atividades agrícolas visando a auto-suficiência com concepção ecológica e consciência de proteção ao meio ambiente;
  3. Atividades culturais, nacionais e internacionais por meio do uso da Língua Internacional Esperanto, trazendo novos conhecimentos para a região e criando, nas novas gerações, consciência de cidadania mundial.

De modo geral, Bona Espero é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, reconhecida de Utilidade Pública municipal e estadual, registrada no Conselho de Assistência Social, e dirigida por cinco membros-diretores não remunerados.

Professores e colaboradores são quase que exclusivamente esperantistas voluntários, brasileiros e estrangeiros que vivem com as crianças os valores comuns, éticos, morais e espirituais, baseados na concepção de que liberdade, igualdade e fraternidade são somente meios para atingir o fim nobre do Conhecimento, Justiça e Amor, acima de qualquer espécie de sectarismo.

Nesse quadro o uso do Esperanto, embora não priorizado na educação das crianças, é, contudo, essencial para sua comunicação com os voluntários estrangeiros, e, para abrir-lhes novos horizontes culturais.

Durante quase meio século de existência “Bona Espero” tem se esforçado continuamente para se integrar com os habitantes da região, educando as novas gerações e colaborando ativamente para o progresso de Alto Paraíso.

Já se definiu Bona Espero como “uma proposta concreta de modelo de vida conforme antigos valores em tempos modernos”, e, o fato dela estar ligada ao Esperanto, elevou notavelmente o prestígio da Língua Internacional em muitos meios.

Por ocasião do “Congresso da Rede Mundial da Consciência Cósmica” ocorrido em Alto Paraíso, de quatro a sete de setembro de 1993, a Sra. Ursula Grattapaglia, diretora da fazenda-escola Bona Espero (Boa Esperança), discursou sobre o tema “O Esperanto como Língua do Terceiro Milênio” na presença de aproximadamente mil pessoas. No evento o prefeito de Alto Paraíso inaugurou dois monumentos esperantistas: um no centro da cidade, onde, sobreuma lápide de mármore está escrito: “Que a Paz Permaneça no Mundo”. A frase está em Português, Japonês, Inglês e Esperanto. O outro monumento, em Bona Espero, consiste de uma coluna, com três metros de altura, sobre a qual há uma estrela de cinco pontas (símbolo do Esperanto) e, de ambos os lados, a mesma inscrição em Português e Esperanto


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